quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Diário de um Jovem Marinheiro 2

Escrevo a ti, lua minha, deste porto lindo que encontrei.

Uma paisagem magnífica, onde se pode absorver toda paz que a natureza te da. Borboletas de mil cores sobrevoam minha cabeça e pousam sobre meu colo, onde junto a mim vêem refletidos no mar, aquele rio de lágrimas que nasceu de um coração partido, todas as minhas mentiras, as minhas renuncias e as minhas tentativas de acreditar que o balanço do navio me traria paz novamente. Mas o balanço do navio me enjoou, e eu ainda estou balançado, mesmo que sentado nessa praia linda e seduzido pelo calor das nativas. Eu não consigo deixar de olhar pra nossa bela lua, e pensar que sou o único que o faz com tal significado, triste, acho que posso me qualificar assim, não acho que esteja só, nunca estive, mas como disseram na última penísula ( qual deixei nosso precioso lápis, para que fosse esquecido), a dor no peito de um homem afunda mais navios que a mais cruel das tempestades de Poseidon.
Preciso ir, anoiteceu e os lobos me chamam para mais uma dança, escreverei novamente de um outro porto. Viva bem, por nós dois, pois já não tenho essa capacidade.

Eternamente seu,

QueirozBarreto

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