As reflexões e momentos de alguém que vive em um emaranhado de palavras soltas, sem sentidos e loucas.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Diário de um jovem marinheiro 3
Será magia do momento ou o nascer de um outro poeta, lua minha? Será que a fonte da qual bebi a amarga essência dos seus sentimentos já não é, para mim, feita de ouro? Ou será mais um delírio selvagem, mandado pelo eu que apreciava mais a tua carne que o vinho?
Para mim, ainda é tudo muito incerto, lua minha. Não sei se a alegria de ver-te refletida neste espelho d'agua sempre tão linda e de sentir aquele seu perfume doce que tanto gosto trazido com a brisa do mar para me encher as narinas e a cabeça ainda é mais forte que a dor de te ver caindo sobre o horizonte e minguando para o seu lado escuro.
Mas ora, veja só, o tempo se passou e a nossa noite acabou, não a noite inteira, mas sim a tua parte dela, é que um dos satélites de um planeta distante estará visível esta noite, astro que, no momento, me parece mais interessante.
Parcialmente seu,
QueirozBarreto
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Diário de um Jovem Marinheiro 2
Escrevo a ti, lua minha, deste porto lindo que encontrei.
Uma paisagem magnífica, onde se pode absorver toda paz que a natureza te da. Borboletas de mil cores sobrevoam minha cabeça e pousam sobre meu colo, onde junto a mim vêem refletidos no mar, aquele rio de lágrimas que nasceu de um coração partido, todas as minhas mentiras, as minhas renuncias e as minhas tentativas de acreditar que o balanço do navio me traria paz novamente. Mas o balanço do navio me enjoou, e eu ainda estou balançado, mesmo que sentado nessa praia linda e seduzido pelo calor das nativas. Eu não consigo deixar de olhar pra nossa bela lua, e pensar que sou o único que o faz com tal significado, triste, acho que posso me qualificar assim, não acho que esteja só, nunca estive, mas como disseram na última penísula ( qual deixei nosso precioso lápis, para que fosse esquecido), a dor no peito de um homem afunda mais navios que a mais cruel das tempestades de Poseidon.
Preciso ir, anoiteceu e os lobos me chamam para mais uma dança, escreverei novamente de um outro porto. Viva bem, por nós dois, pois já não tenho essa capacidade.
Eternamente seu,
QueirozBarreto
Uma paisagem magnífica, onde se pode absorver toda paz que a natureza te da. Borboletas de mil cores sobrevoam minha cabeça e pousam sobre meu colo, onde junto a mim vêem refletidos no mar, aquele rio de lágrimas que nasceu de um coração partido, todas as minhas mentiras, as minhas renuncias e as minhas tentativas de acreditar que o balanço do navio me traria paz novamente. Mas o balanço do navio me enjoou, e eu ainda estou balançado, mesmo que sentado nessa praia linda e seduzido pelo calor das nativas. Eu não consigo deixar de olhar pra nossa bela lua, e pensar que sou o único que o faz com tal significado, triste, acho que posso me qualificar assim, não acho que esteja só, nunca estive, mas como disseram na última penísula ( qual deixei nosso precioso lápis, para que fosse esquecido), a dor no peito de um homem afunda mais navios que a mais cruel das tempestades de Poseidon.
Preciso ir, anoiteceu e os lobos me chamam para mais uma dança, escreverei novamente de um outro porto. Viva bem, por nós dois, pois já não tenho essa capacidade.
Eternamente seu,
QueirozBarreto
Assinar:
Postagens (Atom)