segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O laço

Você segura pela ponta como quem se importa em não causar danos, então, num belo dia, você deixa de lado e já busca um próximo, trata-o da mesma forma carinhosa mas sua essência te impede de ser diferente, la está o outro, jogado de lado.
Mais tarde, porem, a necessidade vem e você, sutilmente utiliza da sua lábia e o "enrola", o deixa ciente da existência do outro e com lágrimas aos olhos cria um nó bem atado entre as partes... "ele é meu melhor amigo". Então, segura pela mente, bem na curvatura do encéfalo, enrola pelo pescoço, abre o foço e atira o corpo para dentro dele, ata, e assim cruelmente o sela dentro de uma realidade qual não poderá escapar.

Por isso sempre preferi sapatos de velcro.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Eu sempre tenho que ligar uma música pra cada momento da minha vida. É claro que as coisas não tem graça sem aqueles violoncelos ao fundo te puxando pra esquerda e pra direita a cada nota, a batida leve da guitarra e a voz suave de uma pessoa que você nem conhece dizendo tudo o que você queria dizer mas não diz. Que a verdade é que eu sinto sua falta, que é em tempos como esses que nós aprendemos a viver de novo, que se encontrar é questão de viver insistindo, que esta é pro meu amor e a outra é pra estrada, que eu não sei o que fazer se o teu sol não brilhar por mim, que metade de mim é o que eu calo mas a outra metade é um vulcão... que eu abri um guarda-chuva num dia sem graça, toquei violão e disse que te amaria pra sempre, sempre.

As partes mais doces das minhas memórias são músicas. As mais amargas também, assim como as azedas e salgadas. O que seria hã? O que seria de cada momento sem sua música? O que seria de cada música sem o seu momento? Sempre ia dar a sensação de faltar alguma coisa. Da próxima vez que você ouvir, qualquer que seja... lembra, lembra do que quer lembrar, ri o que quer rir, chora o que quer chorar e te contenta... te contenta com a beleza da melodia e da memória.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

E vou te desconversando, o copo de vodka só serve pra dar o charme (eu nem gosto tanto assim), um passinho pra frente, mais outro, mais outro e então - pam - aqui estou, dois palmos de distancia do teu nariz. Maçãs coradas, uma mão na parede, mais um passo - pam - o apoio se foi, já lhe puxo pela curva da tua cintura, só mais um centímetro e já estará feito.
10 minutos, 10 ideias diferentes, 10 movimentos arriscados num canto onde nem 2 cabe direito, quanto mais 10 dedos se mexendo euforicamente dentro da tua blusa, desnudando seu torço e lhe arrancando a inocência. E não passam nem 5 segundos até nossos corpos pensarem o mesmo, você é minha, meu brinquedo, e eu sou seu, faça o que quiser, eu não me importo desde que não pensemos, façamos, façamos como se não houvesse amanhã, problemas, pudores ou escrúpulos. Desgaste minha pele, arranhe minhas costas, morda meu pescoço, puxe meu cabelo e viva o auge do que nós dois fizemos, construímos.
Agora já é de manhã, tudo é muito grande. Me dê meu cinto, vista seu vestido e vá embora. E cuidado, não quero que a ponta dele fique presa ao meu zíper novamente. Por que sabe, você pode existir apenas na minha imaginação, ser apenas meu delírio de verão, um desejo muito profundo. Mas a última coisa que eu preciso é me apaixonar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Não sei se me fiz entender... mas...

É tão claro o fato de que a palavra dita não volta atras. Um dia, ainda vão lhe apontar por cada "e" que você falou, por que você disse. É, eu já voltei e to voltando muito atras com muita palavra dita. Eu não vou simplesmente sentar de boca aberta e esperar acontecer, quem me conhece sabe que me agonio todo se ficar parado. E eu ainda me acho tão em falta, de receber um abraço e ganhar meu dia com um: "por que você não vem todo dia" Ah! se ler isso, obrigado, me fez muito bem. Mas eu não sei mais se quem eu quero ver está la! será que dessa vez eu consigo me fazer entender? A gente já mudou TANTO, já tomamos tantas escolhas diferentes do que costumaríamos, já dissemos tantas coisas que nos arrependemos profundamente mas mesmo assim fazemos um contorno com textos bem elaborador pra tentar nos justificar.

Eu não quero mais tentar me justificar.
Parece que é mais comodo sentar e esperar, mas acredite, não é.
Por que minha mente trabalha com a ideia de que o que eu quero nunca virá, mas mantem viva a chama de que pode vir a acontecer, e quando acontece a felicidade se multiplica.

É verdade que eu já não quero muita gente, é verdade. É verdade que eu saio do meu controle muito fácil, é verdade. É verdade também que eu perco a paciência quando você usa diminutivos pra os sentimentos das pessoas, MUITO verdade. E é verdade também que eu sinto muito e quero fazer alguma coisa quanto a estar longe, já é quase um ano que não me valeu de muita coisa, é verdade. Mas venham pra cá também. Por favor, venham pra cá também.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Suposta Carta de Suicídio ou Palavras Avulsas de uma Mente Confusa ou Simplesmente Eu

E assim se vai, se foi, se for.
Será
Não há espaço
Não há lugar
Não há uma simples palavra na qual acreditar
Não há uma simples alma na qual apoiar
Não há, não haverá, não houve.

E são mais de 3 anos de coisas que eu não sei explicar. O ser humano vê muito mais o lado ruim que o lado bom das coisas, os defeitos suplantam em proporções de 2 pra 1 ou de 5 pra 1 as qualidades, os momentos bons se esquecem e ficam pra traz a cada decepção. É assim que o mundo funciona, é assim que meu mundo funciona.

Ou vem funcionando, perdi a capacidade de perceber isso junto com a de chorar. Quando perdi tudo e não sabia que havia perdido tanto, me disseram que estariam, me dizem que estão, me falam de estarão, só falam, só dizem, só consolam e nada mais. Sua vida, seus problemas, cuide deles, se cuidar de mim, esteja disposto a abandonar um pouco, as vezes muito dessas coisas. É assim que o mundo funciona, ou ao menos que o meu mundo funciona, ou vem funcionando.

E as coisas que eu escrevo aqui eu escrevo pra você ler, você mesmo, independente de quem seja, por que você também é assim, egoísta, egocêntrico, cruel, frio, humano. Afinal, a proporção do mau para o bem ainda é de 5 para 1 ou até de 10 para 1. Não existe uma alma se quer do meu mundo que consiga entender, aquele que foi ferido ferir da mesma forma, aquele que foi castigado com noites sem fim simplesmente aceitar o fato de que "não há nada que se possa fazer". Já está confuso de novo.

Mas no final, ou no começo, ou durante o fato é que você quer, eu quero, ele quer e todos querem, pra si, se satisfazerem a qualquer preço, a qualquer custo, a qualquer custa de qualquer que seja. Eu realmente quero minha camisa de volta, a azul.

De certo modo era inevitável, a distancia é real e esmagadora, minha carência (ou como qualquer porra que queira ser chamada) não se satisfaz com segundas e quarta e sábado e domingos e visitas. Eu sou realmente possessivo, quero aqui, agora, e como eu disse, é tudo sobre mim, dentro do meu egocentrismo, meu egoísmo e minha prepotência. Mas no fim das contas, eu queria mesmo era ver, alguém chorar por mim o que eu já chorei pelos outros, queria ver minha falta ser sentida, sentir isso da forma mais concreta e mais literal possível. Acostumei com abraços longos e apertados e frases entre sorrisos. As coisas caem no comum muito fácil e isso não me convence mais.

Talvez morto, minha falta fosse sentida, nem que fosse durante os 15 minutos do meu velório.

Mas a vida não é feita do meu mundo e mimimi blablabla mimimi blablabla. Pois é, não é, nem do meu, nem do seu e nem do de ninguém. Meu mundo ta dentro do meu quarto, meu reino é um caderno que na verdade nunca existiu em sua forma literal, meus muros são construídos dos blocos das minhas mentiras e dos meus medos. E eu já estou escrevendo qualquer coisa que meus dedos são capazes de digitar.

Te mandei uma carta pelo correio. A melhor de todas elas. Dentro de um envelope branco lacrado com cera de vela. Isso foi dentro de um sonho, o tive durante 3 noites seguidas. A carta foi mandada da Alemanha, ou seria, desisti, não suportaria ver mais uma coisa perdida. Você sempre esteve certa, não nasci pra essa história de amor, pra essa história de escrever, de viajar, eu não consigo.

Vou parar de escrever, isso aqui já está íntimo de mais. Quem ler aproveite, esse é um lado de uma pessoa que é reprimido, um lado completamente lacrado e selado num canto da mente, por ser perigoso de mais, que simplesmente foi solto. Meu Licantropo.

Esse texto será acrescentado de acordo com o tempo. Nele vai estar escrito qualquer coisa que me vir em mente, simplesmente por vontade. Foda-se o resto, que o mundo se exploda.

Ideias soltas

Eu não to fazendo nada que preste, de verdade. To me preocupando com o que não devia estar, e desejando o que não posso ter, to forçando uma coisa que não quero e outra que deveria acontecer naturalmente, to errando compulsivamente e não consigo parar.
To corrigindo um ou outro problema, to me privando de pisar fora da linha, to me dando ao luxo de odiar calado e com um sorriso falso dar um abraço apertado em quem simplesmente não me faz mais diferença. Eu mudei muito. Você também e eu não sei quando isso começou, quando deixou de ser natural pra ser forçado, agora que sei o que estou fazendo ou quero saber e assim finjo. Confuso, por de mais, isso aqui é só mais uma ideia forçada pra sair da minha garganta e tentar aliviar minha maldita intuição de que está tudo pra piorar, por que minha tábua de esperança é que alguém leia tudo que está aqui e entenda, entenda meu estado, não o que eu escrevo, entenda meu estado, por completo, por inteiro, ou então simplesmente aceite, não me cobre, me cubra e me deixe dormir.

Pra sempre

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alças

O que eu queria era deixar meus olhos repousarem sobre você
Deixar meus versos te envolverem pela cintura
Permitir o corpo roçar a ponta dos caninos no teu pescoço
E com gosto fazer minha mão desnudar teu corpo.

Mas se for por mentira,
Quero meus semblante e minha poesia, meu corpo e minha euforia longe, bem longe de você.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

Se algum dia eu conseguir matar você dentro de mim, vou ter a muito morrido de tentar.

sábado, 15 de outubro de 2011

Risadas, uma boa noite de sono, bom humor e satisfação.

Minha queridas amigas, sinto saudades.

Ass: Eu

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Leia!

Você de fato não quis falar comigo, e vou ser sincero, eu não aguento o seu silencio nem respostas curtas desse jeito. Eu não sei como agir, é verdade, eu to perdido, perdido num desespero enorme de ter que jogar tanto sentimento fora. É meio patético, ou dramático de mais dizer isso, mas a falta é gigante, minha ilusão é maior ainda e nem você nem eu queremos isso. É um pouco esquisito dizer também que eu não sei o que fazer quando eu te vejo na rua, ou que eu não sei o que fazer quando deito na cama e espero ouvir sua voz sonolenta falando bobagens. Não sei nem mesmo o que fazer pra botar aqui a maior parte das coisas que eu quero te dizer mas não sei como, vem sendo uma tortura, vem sendo extremamente difícil, por mais dramático que pareça. Então eu tenho um pedido pra você:

Se não me ama mais

Rasgue aquela flor
Devolva minhas roupas
Esqueça meus poemas
E me ajude a parar de me iludir.

Por favor.

domingo, 9 de outubro de 2011

- Qual a maior loucura que você faria por amor?
- Amar já não é loucura o bastante?

sábado, 8 de outubro de 2011

Entende "decepção"?
Eu entendo bastante, e cá entre nós, não corresponder expectativas também.
É difícil pra todo mundo ta? Não é bacana passar o que eu to passando nem você o que você está.
Mas a culpa é mesmo minha? A culpa é mesmo de alguém? Ou ela é de quem você não quer aceitar que é?
Abre os olhos, que eu to abrindo os meus, pra ver mais através de quem nós dois julgamos confiável. Ou julgávamos.
Não me faz te ver, também, como minha inimiga. Por favor.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

''A única diferença entre o demônio e as pessoas é o par de chifres. Às vezes, nem isso.''

&

Marquesa de sade

Difícil é crer nestas palavras soltas.
Afinal, quem decide isso sou eu.
Eu que decido se o amor acabou ou se quero te ver no sábado.
Eu decido se você fica ou se vai se afogar na matinê.
Eu escolho se tu dorme ou se tu age.
Eu escolho se me satisfaz ou se volta pra casa de mãos abanando

Ah, é tão difícil, minha princesa.
Tão difícil ver teus sulcos e teu mel desperdiçados dessa forma.
É surreal na verdade acreditar que almeje outra coisa se não eu.

Ha! que grande piada.
Afinal, você está aqui o tempo todo, e eu posso fazer o que bem quiser com você.
Posso te destratar ao meu bel prazer do meu humor.
Alem de que, posso querer outras mãos a satisfazer meu caprichos tontos.
E mais tarde, quando me procure em busca de carinho, posso lhe dizer que estou muito cansado.
Afinal, você está aqui pra isso.

Jä chega, você não pode ficar assim.
Me respeite, eu não sou qualquer um.
Afinal, não te botei no mundo para você me tratar assim, vamos! de quatro!
Vou lhe arranhar a garganta, embaralhar as idéias, apertar o peito e furar seus olhos.
Vou lhe ver grasnar de dor por outra coisa que não minhas ações, assim, posso mandar-te embora sem me culpar.

Afinal, eu faço de ti, o que eu quiser.

domingo, 2 de outubro de 2011

Egoísmo

É meio triste ver que o fim te fez bem.

Madrugada

Vamos garoto, cresça e aceite que as coisas mudaram.
Que ela não te ama mais
Que aquela agora gosta de meninas
Que essa ta de cabelo vermelho
E a outra já não é tão animada
Que ele é um falso e filho da puta
Que esse é extremamente apático
Que aquele já não faz diferença pra você
E que o outro na verdade nunca fez.

Eu na verdade, só confio ninguém.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Diario de um Jovem Marinheiro 5



Começou assim, uma carta chegou até mim me dizendo coisas que eu não sabia entender. Remeti, respondi, procurei um sentindo parara um trecho de música citado numa folha em branco. Me atrevi nos mares proibidos, infestados dos monstros do orgulho e da incerteza, e ainda assim suplantei o medo de cair a beira do mundo.

Daí começaram os sorrisos, uma singela serenata que se disfarçava sutilmente como um show qualquer, mas nós dois sabíamos que era muito mais que simples dedilhado e poesia escrita por outro marinheiro. Vieram as noites, e em todas elas eu fazia questão de ir a proa te ver, te ver de todos os teus jeitos, falar contigo de todas as tuas fases, e ver sua luz passando por todas as densas nuvens. Vieram as cartas, me vi submerso em inspiração novamente, as noites eram as mais bem dormidas possíveis, os planos os mais mau traçados que podíamos, mas de que importava? estávamos felizes com Miguel ou Lolita ou Lucas(Apesar de eu ser inteiramente contra).

O que eu já não me lembro mais foi aonde tudo se perdeu. Se foi em uma noite de lua nova, onde você sumiu ao meu alcance ou se foi em um dos meus impulsos de garoto imaturo. E então misturou, me vi em tempestade, lutando, abrindo e fechando velas, recebendo água salgada no rosto e passando noites trabalhando a mim mesmo na ideia de que após a tempestade o céu se limpa novamente e a noite aguardava a nós dois. Bom, não foi bem assim.

Dizem que à lua cheia os mares ficam mais ferozes, a luta foi mais intensa, o desgaste muito maior, e então, ainda envolto em chuva se avistou no horizonte a queda, o fim do oceano, o mau que existia e eu desde o começo da viagem sabia que encontraria alguma hora. E assim, sem ver o céu limpo novamente meu barco caiu, afundou e se perdeu junto comigo em um lugar que ainda não sei o que ou onde é. Daqui não te vejo, lua minha. É escuro, nada ouço, nada vejo, e sinto tudo que não gostaria de sentir. Também acho que esta carta talvez não chegue a você, a coloquei numa garrafa que ganhei em uma das noites que você não apareceu(e acredite em mim, ela chegou em minhas mãos vazia). Caso não a encontre tente lembrar e ver que eu lembrei do porque nos apaixonamos.

Eternamente Seu
QueirozBarreto

PS: Curta o fim da tempestade, por que aqui os raios de sol não devem ser capazes de chegar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Afinal nunca se viu par mais perfeito: O barulho de chuva do lado de fora e a vontade de um amor ao lado.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"Larga a caneta e o papel!"
"Vai dormir..."
"Desliga o som"
"você precisa ir dormir"
"Eu acho que não"
"Vai dormir, Pedro."
"Vai dormir"
"Vai dormir"
"Vai dormir"

E acredite se quiser, mas eu não acordei ainda.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Agressivo, Descontrolado, Egoísta e Apaixonado.

Sinceramente me desculpem, mas eu não vestir uma roupa de freira e viver de caridade.

Faço o que faço por que gosto, estou com quem estou por que amo, converso, convenço, convivo, ouço, aceito, apoio apesar de descordar porque quero! oras.

Mas ta aí, talvez eu esteja precisando exatamente assumir essa face, ser de fato um adolescente fútil e revoltado. Talvez eu devesse mesmo fumar compulsivamente, encher a cara no meio da semana, engravidar uma rapariga qualquer pra depois dizer que o filho pode ser de outro mesmo ele sendo a minha cara. Talvez, eu devesse tomar um porre na frente de vocês "pais", talvez eu devesse chegar em casa louco de verdade pra vocês poderem, em fim, me chamar de descontrolado com razão.

Talvez, eu devesse sumir, e esse "talvez" não vai ficar só na possibilidade.

Sinceridade

É, eu estou pensando em você, pensei em muito "nunca mais" e muito em "te esquecer". Pensei também em como tudo poderia ser tão bom de novo.
Pensei no tanto de coisas que são mais importantes e no quanto eu gostaria de ser.
Pensei também, em contar pétala por pétala, pedaço de papel por pedaço de papel, até em dar 3 pulinhos pra encontrar, nesse mundinho engraçado, uma resposta.
Mas sinceramente, tudo que eu venho me perguntando é se serei mesmo eu, quem vai fazer você feliz.

Isso é "só" sinceridade.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

Pai...

"É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro bei..jo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter."
E no meio de pessoas e conversar
Garrafas e fumaça, eu só me fazia uma pergunta:
Onde está você?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Testamento

Escrevo aqui, completamente sobre o controle das minhas faculdades mentai e sobre livre e espontânea vontade. Ato tal testemunhado pela minha solidão e minha indecisão, sem esquecer da ilustre presença da minha outra personalidade.

Deixo assim, para meu braço direito, nossos bons momentos, risadas e lembranças que se estabeleceram de forma tão singular em menos de um ano, risadas, verdades expostas sem o menor pudor e uma aposta da qual eu em minha cova hei de clamar vitória.

Para meu adorado emaranhado de cabelos vermelhos, deixo as músicas quais te ensinei, a dança qual te forcei a dançar, os abraços e os beijos que passaram e que ficariam de vir, e a promessa de ser levado no teu peito ou nas tuas memórias para a vida toda.

Para a encantadora e sensual alemã-brasileira qual me apaixonei certa feita, deixo minhas promessas ainda não cumpridas, pedidos de desculpas e palavras de encorajamento, você sim é forte e capaz de seguir, sozinha, acompanhada, por qual seja o caminho e por mais tortuoso que seja, cresça, pois minha filha há de ter teu nome.

Para meu flautista preferido, irmão e amigo de qualquer momento, deixo a coragem, a coragem de descobrir que o mundo é muito maior que tudo o que se passa ai dentro, e é tanto meu pequeno. Se deixe amar, se deixe sentir, se deixe falar, me deixe falar que é o que eu mais quero, guardar tua amizade pra sempre dentro de uma tartaruga de barro que um dia passou pelas minhas mãos até as tuas.

Para meu filho adotivo, o mais velho deles, que por mais que relacionados por sangue sejamos completamente estranhos entre nós, todo o bem querer do mundo que seu querido "pai" não sabe demonstrar ter.

Para minha querida mãe, mulher guerreira, das mais fortes e mais encantadoras que já conheci, minha admiração, todo amor do mundo e mais coisas das quais até eu desconheço que sinto.

Para meu pai, meu desapontamento comigo mesmo, por não ter sido o filho que o senhor merece ter, e toda a sorte do mundo, para conseguir que seus outros dois o façam como eu gostaria de ter feito.

E enfim, para a minha lua, meu beija-flor, deixo o MEU soneto da fidelidade, a promessa de um amor eterno, as lembranças da mulher que me arrancou mais sorrisos e mais lágrimas, a torcida de uma realização completa. Deixo também, nossa casa em Londrina, nossos churrascos em família, nossa noite em praia do forte, e as mais doces memórias do amargo do café gelado com chantili. Deixo para ti meus filhos, e a certeza de que eles serão só seus se você os quiser, deixo para ti meus discos, meus medos, meu temores, meus pesares, meus risos, meus poemas, minhas lágrimas, meus desejos mais sacanas e minhas declarações de mais puro amor.

Deixo assim, para todos, minhas humildes desculpas.


QueirozBarreto

22/08/2011
Salvador - Bahia - Brasil

domingo, 21 de agosto de 2011

Do teu cheiro, a cor do teu beijo.


E depois que nossas pernas se perderam entre elas, nossos cheiros formam uma única fragrância, nosso compasso se tornou preciso, e o tempo já parou a eras, é que se percebe que o aroma do toque, o doce do cheiro, o vislumbre do arquejar, o calor do olhar e o gosto do teu eu, já é pra mim como o chantili por cima do capuccino gelado: essencial.

sábado, 20 de agosto de 2011

E você, tem medo de que?

Uma certa feita me perguntaram do que eu tinha medo. Logo, pensei em responder o óbvio, de espíritos, de aranhas, de ladrão e da morte. Então, me pareceu faltar algo, melhor, me pareceu estar errado. Tá, eu de fato não gosto da ideia de viver um filme de terror ao "ver" uma pessoa imaterial no meu quarto, me arrepia só pensar na possibilidade de algo do tamanho de um feijão subindo no meu pescoço preparando para dar o bote, não é nada legal imaginar alguém invadindo a sua casa e levando tudo que está lá dentro, pior ainda se você estiver dentro e DEFINITIVAMENTE só o fato de parar de respirar, de sentir... me apavora.
Uma certa feita, me fiz uma pergunta. "Do que eu tenho medo?" E parei, pensei e na verdade, tudo que me vinha na cabeça era "medo". Medo do medo, deve ser algo por aí, ter medo de algum dia, o sentimento do medo tomar conta de mim. Temer o temor, temer que as coisas possam sair do meu controle a ponto de me causarem medo, temer que um dia eu tenha medo de espírito, tenha medo da aranha, tenha medo do ladrão ou da cova. Acho que é isso aí, medo do medo é o pior sentimento que se pode cultivar dentro de você.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pai, vai se foder.

Você sabe que eu não gosto de você, não sabe?
Na verdade, eu gosto, mas não deveria.
Na verdade, devo, mas não gostaria.

E não gostaria justamente por que gostar de você
só me deixa cada vez mais decepcionado. "Educador", "Formador de caráter", é só isso que você se preocupa em ser, em criar pra vida. Na sua cabeça é tudo muito exato, afinal, seu pai fez assim. Seu problema é justamente esse, querer ser igual a todo mundo, igual ao resto, igual! Eu não quero, e não me importo se você só me bancar até os 18 anos, não me importo se você me tirar da escola, não me importo se você compra ou não meu sonho comigo. Por que seu papel, um gravador que ficasse repetindo "vai estudar pra ser alguém na vida" faria muito bem. Eu quero um Pai, que chora e assume seus erros. Eu dispenso qualquer tipo de zumbi controlado pelo sistema social do meu lado.

Com amor,
Um filho dum puto.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ao Som do Infinito


Nem sei por onde começar, na verdade eu nem lembro aonde comecei, pode ter sido num banco de praça pública ou num baile dos mais caros que ja frequentei. Pode nem ter sido isso, pode ter nascido do fundo da minha cabeça, de um sonho, ou pode ter nascido do fundo de um sonho que bagunçou completamente a minha cabeça.

Acho que é só disso que eu tenho certeza, da bagunça na minha cabeça. E eu gosto, sei onde achar tudo nesse ninho de rato que são minhas idéias, a única coisa que eu ainda queria saber foi onde isso começou, se começou no final, com um último razante de um beija-flor que levou com ele a cor do meu jardím, ou se o final foi apenas o começo de mais uma primavera.

Na verdade, eu não sei e pouco me importa saber do começo, pouco me importa saber do fim, eu quero você dormindo por cima de mim no meio de uma tarde em itapoã e sentir em apenas um segundo a eternidade se passar por nós dois "e em seu louvor hei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto ao seu pesar ou seu contentamento". Por que, meu amor, no giro infinito das asas do meu beija-flor tem som, tem cor, tem luz, tem nós dois, tem só ela, tem só eu e mais um mundão de coisas que eu ainda não descobri. E estarei esperando.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Não faça assim...

Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui

Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse vai, e eu não fui

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar

Me diz até o que vestir
Com quem andar e aonde ir
Mas não me pede pra voltar

Como um beijo

E eu não imaginava o abismo negro que poderia haver entre duas almofadas rosadas em um sofá de veludo vermelho. É sério, chegou a ser assustador o meu mergulho naquele mundo escuro e sem emoção, la era tudo muito mecânico, as ruas eram todas polidas, não havia nenhuma rachadura na calçada e todas as pessoas eram a mesma coisa, camisa social, calça social, sapato social, um chapéu coco e uma expressão vazia no rosto.
Foi... como se diz... apavorante? não... não é bem isso, eu acho que era decepcionante... é pode ser. Era diferente de tudo que eu já tinha visto antes, alguns eram mais vermelhos e as pessoas mais calorosas, outros mais verdes e as pessoas mais receptivas,mas esse... esse foi... cinza, chato, vazio.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nossa eu sinto como se eu tivesse abandonado uma das coisas que mais me fazia bem, de certo modo é algo bom, por que meu porto seguro me servia para por pra fora os sentimentos que eu não sabia onde guardar, era tanta coisa! É difícil administrar tanta coisa junta, um coração partido, uma família problemática, uma responsabilidade com o futuro e as próprias frustrações internas, juntar tudo isso em crise é pra enlouquecer qualquer um, não é?
Mas no fim das contas eu sinto falta de escrever aqui, de me soltar um pouco, eu nunca gostei do fato de guardar as coisas pra mim, fazia por necessidade, mas eu vou voltar pra trazer pra cá, pro meu canto de chorar, um pouquinho de alegria e começar a transformar em meu canto de pensar, ou só de estar, por que, afinal, nem tudo é ruim na vida, nem tudo é frustração, sorrisos também aparecem do nada.

Enfim, isso não foi exatamente um texto, só um desabafo feito na hora.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dear Rosemary

You got away got away got away from me
Now get away get away get away from me

I couldn't grow just living in the shadow
Where do you go when no ones following you?
You ran away ran away it was right on cue

Said I go on and on and on and on and on and on with it

Rosemary you're part of me
You know you are you are you are
Rosemary you're part of me
You know you are you are you are
Rosemary you're part of me

Truth will always change the way you lie
Youth will always change the way you die

Dear Rosemary
Dear Rosemary

You got away got away got away with it
You got away got away got away with it

False starts young hearts get shattered
Pick up the pieces coming down around you
You ran away ran away it was right on cue

Said I go on and on and on and on and on and on with it

Rosemary you're part of me
You know you are you are you are
Rosemary you're part of me
You know you are you are you are
Rosemary you're part of me

Truth will always change the way you lie
Youth will not change the way you die

This was no ordinary life (This was no ordinary life)
This was no ordinary life (This was no ordinary life)

from now on
The ones I love
I've grown

Truth will always change the way you lie
Youth will always change the way you die

Dear Rosemary (Dear Rosemary)
Be Part Of Me (Be Part Of Me)
Dear Rosemary (Dear Rosemary)
Be Part Of Me (Be Part Of Me)

You got away got away got away from me
Now get away get away get away from me

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Eu realmente espero que dê tudo errado e que a perda lhe cause falta

Da pra tocar dó na flauta?

Da pra tocar dó em tudo, até no coração
Da pra fazer o ré da colher no copo ou o re de algo novo,
Da pra ouvir o mi várias vezes de um amigo mas tem hora que cansa né?
Da pra cantar o fá à luz do sol, e junto com o lá e criar um poema
Da pra pensar no sí ou no se e esperar algo bom pro futuro

Da pra fazer, cantar, tocar, soltar, falar, puxar, jogar, ouvir, sentir, gostar, detestar, "caetanear", declamar e amar, sem precisar de uma flauta.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Isso vale pra alguém hein...

"Se tudo deu errado foi por culpa dela!"
Mesmo ela estando a te escutar
Jamais dividiu se quer uma parcela dos bons dias que os dois podem lembrar
Não se conforma que um novo Amor a arrebatou e a levou pr'outro lugar
Diz que nunca mais quer ver a cara dela
Mas na verdade tudo o que ele quer ver
É o impossível acontecer
Ela voltar e lhe dizer
Que tudo não passou de um grande engano seu

E assim vê se passar um dia a mais em vão
E assim vai atravessar uma noite em claro, então
Assim vai envelhecendo sem nunca aprender
Que ninguém é o Centro do Universo, não

A cada instante uma lembrança lhe revela
Faltava muito pouco pra mudar
Mas muito orgulhoso, quis pular mais essa
Fez que fez, deixou continuar
A mágoa que isso, enfim, lhe causou
O tomou e não vai mais lhe abandonar
Pois como ele disse: "Tudo é culpa dela!"
Não há nada que o faça se arrepender
E admitir que ele perdeu
Alguém que amava por não ter
Admitido cada engano que era seu

E assim vê se passar um dia a mais em vão
E assim vai atravessar uma noite em claro, então
Assim vai envelhecendo sem nunca aprender
Que ninguém é o Centro do Universo, não

segunda-feira, 28 de março de 2011

O último?

Só falta abandonar a velha escola
Tomar o mundo feito coca-cola
Fazer da minha vida sempre o meu passeio público
E ao mesmo tempo fazer dela o meu caminho só, único

Talvez eu seja o último romântico
Dos litorais desse oceano atlântico
Só falta reunir a zona norte à zona sul
Iluminar a vida já que a morte cai do azul

Só falta de querer
Te ganhar e te perder
Falta eu acordar, ser gente grande pra poder chorar

Me dá um beijo então, aperta minha mão
Tolice é viver a vida assim sem aventura
Deixa ser pelo coração
Se é loucura então, melhor não ter razão

Me dá um beijo então, aperta minha mão
Tolice é viver a vida assim sem aventura
Deixa ser pelo coração
Se é loucura então, melhor não ter razão

segunda-feira, 21 de março de 2011

Caso Chato

Ah, é bastante chata toda essa situação.

Eu queria que pudesse ser como com nosso amigo, poxa, eu não queria ter parado de falar com você subitamente. Na verdade, eu até queria continua falando com você,sério, foi bem o que eu te disse. Mas eu não sei, parece que agora você me odeia
(se não, faz parecer bastante). Eu já percebi alguns olhares de desprezo, alguns tiros que eu teria levado, desculpa, eu precisava daquilo.

Eu fiz por mim, foi bem egoísta, eu sou até um pouco, é que eu cansei de ser totalmente entregue sabe? Eu cansei de fazer viagens longas a mares distantes, dissertar cartas, contar como em líricas aventuras grandiosas ou escrever poemas pra algo que já estava... morto? podemos dizer assim? morto.
Então, se você por acaso ler isso, e não me odiar como eu penso que me odeio, me fala?

Eu? Vivendo em Grande Estilo

A vida é curta, curta o quanto possível
É terrível viver sem sentir
Mesmo que a sua seja contemplativa
A intenção é fazê-la servir

Muito cuidado com o balanço do dia
Qualquer coisinha já não estamos aqui
Mas deus me livre se você se quebrar
Pode chamar que eu serei por ti
Confie em mim!

Se encontrar é questão de viver insistindo
Tentando ser feliz
E acertar acordando para um novo dia
E vive-lo em grande estilo

Não há nada que pague a sua liberdade
Ou você já nasceu free?
Aproveite e decida qual tua verdade
e que ela faça sentido

Por tudo à mesa
Cor , luz e cheiro,
Força e coragem...
Aumenta o som e se ajeita
Que eu vou tocar o sino

Se encontrar é questão de viver insistindo
Tentando ser feliz
E acertar acordando para um novo dia
E vive-lo em grande estilo

Encontre um amor e seja feliz
Como for... Sorte no final!

Se encontrar é questão de viver insistindo
Tentando ser feliz
E acertar acordando para um novo dia
E vive-lo em grande estilo

quarta-feira, 16 de março de 2011

Wheels

I know what you're thinking
We were going down
I can feel the sinking
and then I came around

And everyone I've loved before
Flashed before my eyes
And nothing mattered anymore
I looked into the sky

Well I wanted something better man
I wished for something new
And I wanted something beautiful
And wish for something true
Been looking for a reason man
Something to lose

When the wheels come down (When the wheels come down)
When the wheels touch ground (When the wheels touch ground)
And you feel like it's all over
There's another round for you
When the wheels come down (When the wheels come down)

Know your head is spinning
Broken hearts will mend
This is our beginning
Coming to an end

Well, you wanted something better man
You wished for something new
Well, you wanted something beautiful
Wished for something true
Been looking for a reason man
Something to lose

When the wheels come down (When the wheels come down)
When the wheels touch ground (When the wheels touch ground)
And you feel like it's all over
There's another round for you
When the wheels come down (When the wheels come down)

When the wheels come down (When the wheels come down)
When the wheels touch ground (When the wheels touch ground)
And you feel like it's all over
There's another round for you
When the wheels come down (When the wheels come down)

When the wheels come down (When the wheels come down)
When the wheels touch ground (When the wheels touch ground)
And you feel like it's all over
There's another round for you
When the wheels come down (When the wheels come down)

terça-feira, 15 de março de 2011

Sonho de uma Flauta 14/03

Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz
Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa
Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá
A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração
A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes né doce não
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Hum... E o mundo é perfeito
Hum... E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Sei que incerteza traz inspiração
Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso
Tem riso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia
Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito
Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Mas sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ah, menina que me olha assim...

...
machucando o coração
não peço pra ter dó de mim
estou feliz sem direção.

E se você não me quiser
pode vir me abusar
curtir esse amor de vez
fazer sorrir, fazer chorar.

Mil carinhos vão te prometer
Confetes vão te jogar.
Verá claridade a competir com o sol,
espaçonave a viajar...

E quando cansar de ser ninguém
volta pra me azucrinar
e la´vamos nós, outra vez
o que tiver de ser será!

Mil carinhos vão te prometer
Confetes vão te jogar.
Verá claridade a competir com o sol,
espaçonave a viajar..

Primeira Segunda-Feira

Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Me dá tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Só para chorar um pouco

Acho que foi o jeito mais eficaz de me arrancar lágrimas, e não foram poucas.
Por hora sou como uma criança que acabou de cair da bicicleta, tentando entender o que aconteceu, aos poucos os arranhões vão começar a arder e eu vou sentir toda a dor três vezes maior, será assustador por que vai estar sangrando, eu vou gritar ajuda, mas tudo que vão me trazer é algo para me fazer esquecer da dor.

Eu não quero remédio, não quero calmante
Eu quero que me devolvam o enorme pedaço de mim que me tiraram

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Diário de um jovem marinheiro 4


Boa noite, lua minha.

Desta vez te escrevo do mar aberto, não há sinal de terra por perto, nem um porto onde possa atracar. Na verdade, lua minha, escrevo-te por que me sinto entediado, entediado e cansado depois de tamanho desgaste que passei.
Desta vez, lua minha, estou encalhado, em um enorme coral que cintila cores vivas ao toque sutil do sol, e estou preso nele exatamente por conta disso. Duvidei de que tamanha beleza, que me enfeitiçou, me amarrou e me deixou preso de um jeito semelhante ao qual você me fez, pudesse me deixar nessa armadilha, sem escapatória, esperando para morrer só.
Não há muito o que fazer, vou aqui, caçando mais estrelas para aumentar o brilho desses corais até que em uma onda de sorte à maré me carregue pra longe e longe de mim, seu feitiço.

Eternamente seu,
QueirozBarreto

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Eu te disse, não posso julga-lo

Ao seu lado
Ela se dispõe a estar
Pronta para lutar
Por um sorriso seu

Ao seu lado
Ela se satisfaz
Quando você diz mais
Que tudo bem, baby.

Você estala os dedos
E ela está lá
Pronta pra se entregar
Aos seus caprichos de “rei”

Você sabe
O quanto ela tem contado
Com um final feliz
Claro que ao seu lado

Você disfarça quando troca os nomes
Mas é impossível ela não perceber
Quando derrotada no escuro do quarto
Se desmancha em prantos, mas ainda quer você

Eu no seu lugar
Tentava mudar
Ao menos uma vez
Faria ela ver
Quem é você
Mas isso é contigo “rei”
Eu vivo sozinho
Não posso julgar você

Você quase
Já não lhe dá atenção
Me corta o coração
Ver lhe os olhos marejados

Quem me dera
Tê-la assim ao meu lado
Mas guardo esse pecado
Para o confessionário

Ela se distrai
Alimentando sonhos
Que certamente você
Constrói com outro alguém

Se ela me ligar
Outra vez chorando
O que é que eu digo “rei”?
Ela ainda quer você...

Eu no seu lugar
Tentava mudar
Ao menos uma vez
Faria ela ver
Quem é você
Mas isso é contigo “rei”
Eu vivo sozinho
Não posso julgar você
[Não posso julgar ninguém]

Cascadura

Sem Título

E mesmo quando me falta qualquer tipo de inspiração eu tento vir aqui, a meu leito de reflexões, a parte aberta da minha vida, pra mostrar o que sinto da forma que melhor sei.

Pensava em escrever algo sobre meus amigos,
Ou algo sobre meus amores,
Ou algo sobre meu desejos,
Ou algo sobre meus temores.

Pensava em não escrever versos,
Nem escrever prosas,
Nem mandar cartas,
Ou mensagens presunçosas.

Mas via a vontade da minha mente,
Em criar pra mim algo diferente,
De mostrar a toda gente,
Que eu também sou de carne e osso.

E por mais que me diga que sou organizado,
Saiba lidar com meus problemas,
Saiba gerir minha vida,
Ainda sou aquele mesmo homem que fala de amor, que sente falta de carinho, que nessa manhã acordou
Se sentindo sozinho,
E foi procurar num pequeno pedacinho, de alegria que tinha em seu coração, a certeza de um novo dia, a vontade de ver a todos que mais amava e por acaso perder a rima.

Eu não escrevo em versos
Eu não escrevo em prosa
Escrevo com um lápis de sonho
Num papél cor-de-rosa

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O fim do mar



Essa história de dois amantes
Criaturas tão distantes
Em genero e cor

Essa lenda de um errante
Marrinheiro viajante
Em busca de um amor

E velejava toda noite
A procura de um alcagoite
Que lhe ajudasse a entender

O que era o amor
Porque causava tanta dor
A quem se deixa envolver

Em um porto clandestino
Disseram ao menino
Que parasse de sonhar

Essa coisa de amor
É bobagem, meu senhor
Não vale a pena procurar

Mesmo assim ele partiu
Atraz da linha ou fio
Onde terminava o mar

E caiu no fim do mundo
Atirado bem no fundo
De onde pode enchergar

Que amava a aventura
O brilho e o cheiro da lua
E o vento a brisar

A lua e o mar, a lua e o marinheiro
A lua e o mar, as águas de janeiro
A lua e o mar, quem vai chegar primeiro
A lua e o mar, no fim de fevereiro