quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Diario de um Jovem Marinheiro 5



Começou assim, uma carta chegou até mim me dizendo coisas que eu não sabia entender. Remeti, respondi, procurei um sentindo parara um trecho de música citado numa folha em branco. Me atrevi nos mares proibidos, infestados dos monstros do orgulho e da incerteza, e ainda assim suplantei o medo de cair a beira do mundo.

Daí começaram os sorrisos, uma singela serenata que se disfarçava sutilmente como um show qualquer, mas nós dois sabíamos que era muito mais que simples dedilhado e poesia escrita por outro marinheiro. Vieram as noites, e em todas elas eu fazia questão de ir a proa te ver, te ver de todos os teus jeitos, falar contigo de todas as tuas fases, e ver sua luz passando por todas as densas nuvens. Vieram as cartas, me vi submerso em inspiração novamente, as noites eram as mais bem dormidas possíveis, os planos os mais mau traçados que podíamos, mas de que importava? estávamos felizes com Miguel ou Lolita ou Lucas(Apesar de eu ser inteiramente contra).

O que eu já não me lembro mais foi aonde tudo se perdeu. Se foi em uma noite de lua nova, onde você sumiu ao meu alcance ou se foi em um dos meus impulsos de garoto imaturo. E então misturou, me vi em tempestade, lutando, abrindo e fechando velas, recebendo água salgada no rosto e passando noites trabalhando a mim mesmo na ideia de que após a tempestade o céu se limpa novamente e a noite aguardava a nós dois. Bom, não foi bem assim.

Dizem que à lua cheia os mares ficam mais ferozes, a luta foi mais intensa, o desgaste muito maior, e então, ainda envolto em chuva se avistou no horizonte a queda, o fim do oceano, o mau que existia e eu desde o começo da viagem sabia que encontraria alguma hora. E assim, sem ver o céu limpo novamente meu barco caiu, afundou e se perdeu junto comigo em um lugar que ainda não sei o que ou onde é. Daqui não te vejo, lua minha. É escuro, nada ouço, nada vejo, e sinto tudo que não gostaria de sentir. Também acho que esta carta talvez não chegue a você, a coloquei numa garrafa que ganhei em uma das noites que você não apareceu(e acredite em mim, ela chegou em minhas mãos vazia). Caso não a encontre tente lembrar e ver que eu lembrei do porque nos apaixonamos.

Eternamente Seu
QueirozBarreto

PS: Curta o fim da tempestade, por que aqui os raios de sol não devem ser capazes de chegar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Afinal nunca se viu par mais perfeito: O barulho de chuva do lado de fora e a vontade de um amor ao lado.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"Larga a caneta e o papel!"
"Vai dormir..."
"Desliga o som"
"você precisa ir dormir"
"Eu acho que não"
"Vai dormir, Pedro."
"Vai dormir"
"Vai dormir"
"Vai dormir"

E acredite se quiser, mas eu não acordei ainda.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Agressivo, Descontrolado, Egoísta e Apaixonado.

Sinceramente me desculpem, mas eu não vestir uma roupa de freira e viver de caridade.

Faço o que faço por que gosto, estou com quem estou por que amo, converso, convenço, convivo, ouço, aceito, apoio apesar de descordar porque quero! oras.

Mas ta aí, talvez eu esteja precisando exatamente assumir essa face, ser de fato um adolescente fútil e revoltado. Talvez eu devesse mesmo fumar compulsivamente, encher a cara no meio da semana, engravidar uma rapariga qualquer pra depois dizer que o filho pode ser de outro mesmo ele sendo a minha cara. Talvez, eu devesse tomar um porre na frente de vocês "pais", talvez eu devesse chegar em casa louco de verdade pra vocês poderem, em fim, me chamar de descontrolado com razão.

Talvez, eu devesse sumir, e esse "talvez" não vai ficar só na possibilidade.

Sinceridade

É, eu estou pensando em você, pensei em muito "nunca mais" e muito em "te esquecer". Pensei também em como tudo poderia ser tão bom de novo.
Pensei no tanto de coisas que são mais importantes e no quanto eu gostaria de ser.
Pensei também, em contar pétala por pétala, pedaço de papel por pedaço de papel, até em dar 3 pulinhos pra encontrar, nesse mundinho engraçado, uma resposta.
Mas sinceramente, tudo que eu venho me perguntando é se serei mesmo eu, quem vai fazer você feliz.

Isso é "só" sinceridade.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

Pai...

"É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro bei..jo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter."
E no meio de pessoas e conversar
Garrafas e fumaça, eu só me fazia uma pergunta:
Onde está você?