segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ah, menina que me olha assim...

...
machucando o coração
não peço pra ter dó de mim
estou feliz sem direção.

E se você não me quiser
pode vir me abusar
curtir esse amor de vez
fazer sorrir, fazer chorar.

Mil carinhos vão te prometer
Confetes vão te jogar.
Verá claridade a competir com o sol,
espaçonave a viajar...

E quando cansar de ser ninguém
volta pra me azucrinar
e la´vamos nós, outra vez
o que tiver de ser será!

Mil carinhos vão te prometer
Confetes vão te jogar.
Verá claridade a competir com o sol,
espaçonave a viajar..

Primeira Segunda-Feira

Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Me dá tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Só para chorar um pouco

Acho que foi o jeito mais eficaz de me arrancar lágrimas, e não foram poucas.
Por hora sou como uma criança que acabou de cair da bicicleta, tentando entender o que aconteceu, aos poucos os arranhões vão começar a arder e eu vou sentir toda a dor três vezes maior, será assustador por que vai estar sangrando, eu vou gritar ajuda, mas tudo que vão me trazer é algo para me fazer esquecer da dor.

Eu não quero remédio, não quero calmante
Eu quero que me devolvam o enorme pedaço de mim que me tiraram

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Diário de um jovem marinheiro 4


Boa noite, lua minha.

Desta vez te escrevo do mar aberto, não há sinal de terra por perto, nem um porto onde possa atracar. Na verdade, lua minha, escrevo-te por que me sinto entediado, entediado e cansado depois de tamanho desgaste que passei.
Desta vez, lua minha, estou encalhado, em um enorme coral que cintila cores vivas ao toque sutil do sol, e estou preso nele exatamente por conta disso. Duvidei de que tamanha beleza, que me enfeitiçou, me amarrou e me deixou preso de um jeito semelhante ao qual você me fez, pudesse me deixar nessa armadilha, sem escapatória, esperando para morrer só.
Não há muito o que fazer, vou aqui, caçando mais estrelas para aumentar o brilho desses corais até que em uma onda de sorte à maré me carregue pra longe e longe de mim, seu feitiço.

Eternamente seu,
QueirozBarreto