segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Diário de um jovem marinheiro 3


Será magia do momento ou o nascer de um outro poeta, lua minha? Será que a fonte da qual bebi a amarga essência dos seus sentimentos já não é, para mim, feita de ouro? Ou será mais um delírio selvagem, mandado pelo eu que apreciava mais a tua carne que o vinho?
Para mim, ainda é tudo muito incerto, lua minha. Não sei se a alegria de ver-te refletida neste espelho d'agua sempre tão linda e de sentir aquele seu perfume doce que tanto gosto trazido com a brisa do mar para me encher as narinas e a cabeça ainda é mais forte que a dor de te ver caindo sobre o horizonte e minguando para o seu lado escuro.
Mas ora, veja só, o tempo se passou e a nossa noite acabou, não a noite inteira, mas sim a tua parte dela, é que um dos satélites de um planeta distante estará visível esta noite, astro que, no momento, me parece mais interessante.

Parcialmente seu,
QueirozBarreto

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