quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um pequeno pedaço

E eu senti num abraço apertado
A calmaria pós-tempestade
Mas havia de esperar sentado
Era apenas o começo da viagem

E eu senti um calor árctico
No aconhego daquele abraço
Resando pra este atar laço
E mandar aquela caixa pra longe

Eu senti o frio do aço
Perfurando meu pulmão
Quebrando minhas costelas
Esmagando meu coração

Eu não sentia mais nada
Nem calor, nem calma, nem faca
Não ouvia nada mais
Alem da minha respiração, fraca

Mas porque viver no passado?
Estou aqui borrando a página
Escrevendo angustiado
Por um fato consumado

E tremendo de frio volto ao meu leito.
Com um buraco enorme aberto no peito
Um lápis mau apontado
E toda a dor de um sentimento.

Pois eu tento transformar lágrimas, em poesia.

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