terça-feira, 25 de outubro de 2011

Suposta Carta de Suicídio ou Palavras Avulsas de uma Mente Confusa ou Simplesmente Eu

E assim se vai, se foi, se for.
Será
Não há espaço
Não há lugar
Não há uma simples palavra na qual acreditar
Não há uma simples alma na qual apoiar
Não há, não haverá, não houve.

E são mais de 3 anos de coisas que eu não sei explicar. O ser humano vê muito mais o lado ruim que o lado bom das coisas, os defeitos suplantam em proporções de 2 pra 1 ou de 5 pra 1 as qualidades, os momentos bons se esquecem e ficam pra traz a cada decepção. É assim que o mundo funciona, é assim que meu mundo funciona.

Ou vem funcionando, perdi a capacidade de perceber isso junto com a de chorar. Quando perdi tudo e não sabia que havia perdido tanto, me disseram que estariam, me dizem que estão, me falam de estarão, só falam, só dizem, só consolam e nada mais. Sua vida, seus problemas, cuide deles, se cuidar de mim, esteja disposto a abandonar um pouco, as vezes muito dessas coisas. É assim que o mundo funciona, ou ao menos que o meu mundo funciona, ou vem funcionando.

E as coisas que eu escrevo aqui eu escrevo pra você ler, você mesmo, independente de quem seja, por que você também é assim, egoísta, egocêntrico, cruel, frio, humano. Afinal, a proporção do mau para o bem ainda é de 5 para 1 ou até de 10 para 1. Não existe uma alma se quer do meu mundo que consiga entender, aquele que foi ferido ferir da mesma forma, aquele que foi castigado com noites sem fim simplesmente aceitar o fato de que "não há nada que se possa fazer". Já está confuso de novo.

Mas no final, ou no começo, ou durante o fato é que você quer, eu quero, ele quer e todos querem, pra si, se satisfazerem a qualquer preço, a qualquer custo, a qualquer custa de qualquer que seja. Eu realmente quero minha camisa de volta, a azul.

De certo modo era inevitável, a distancia é real e esmagadora, minha carência (ou como qualquer porra que queira ser chamada) não se satisfaz com segundas e quarta e sábado e domingos e visitas. Eu sou realmente possessivo, quero aqui, agora, e como eu disse, é tudo sobre mim, dentro do meu egocentrismo, meu egoísmo e minha prepotência. Mas no fim das contas, eu queria mesmo era ver, alguém chorar por mim o que eu já chorei pelos outros, queria ver minha falta ser sentida, sentir isso da forma mais concreta e mais literal possível. Acostumei com abraços longos e apertados e frases entre sorrisos. As coisas caem no comum muito fácil e isso não me convence mais.

Talvez morto, minha falta fosse sentida, nem que fosse durante os 15 minutos do meu velório.

Mas a vida não é feita do meu mundo e mimimi blablabla mimimi blablabla. Pois é, não é, nem do meu, nem do seu e nem do de ninguém. Meu mundo ta dentro do meu quarto, meu reino é um caderno que na verdade nunca existiu em sua forma literal, meus muros são construídos dos blocos das minhas mentiras e dos meus medos. E eu já estou escrevendo qualquer coisa que meus dedos são capazes de digitar.

Te mandei uma carta pelo correio. A melhor de todas elas. Dentro de um envelope branco lacrado com cera de vela. Isso foi dentro de um sonho, o tive durante 3 noites seguidas. A carta foi mandada da Alemanha, ou seria, desisti, não suportaria ver mais uma coisa perdida. Você sempre esteve certa, não nasci pra essa história de amor, pra essa história de escrever, de viajar, eu não consigo.

Vou parar de escrever, isso aqui já está íntimo de mais. Quem ler aproveite, esse é um lado de uma pessoa que é reprimido, um lado completamente lacrado e selado num canto da mente, por ser perigoso de mais, que simplesmente foi solto. Meu Licantropo.

Esse texto será acrescentado de acordo com o tempo. Nele vai estar escrito qualquer coisa que me vir em mente, simplesmente por vontade. Foda-se o resto, que o mundo se exploda.

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